É fato que cada pessoa tem seu ritmo de estudo, suas limitações e as suas preferências. Claro que a gente demora um pouco de tempo até entender cada uma dessas variáveis, mas uma hora esse dia chega. E eu garanto pra você uma coisa, esse será o divisor de águas nos seus estudos.
Vejo muita gente se dedicando quase que diariamente na busca pelo “modelo” ideal de concurseiro, como se existisse apenas uma “configuração” que leve à aprovação.
O que não faz o menor sentido.
Imagine que você está precisando comprar um sapato e decide fazer uma pesquisa na internet sobre o sapato ideal. Aí você se depara com diversas análises, que envolvem desde a cor do couro até o material utilizado na sola do calçado.
É claro que algumas características te agradaram mais, outras você buscará por segurança, mas tem uma coisa que você tem que observar bem antes de comprar o sapato: o seu número.
Não adianta nada ser o sapato mais bonito, confortável e duradouro do mundo se não tiver o seu número disponível. Você simplesmente não terá condições de utilizá-lo. Nesse caso, a compra não será feita.
Essa analogia serve bem para explicar uma coisa: você precisa parar de achar que existe fórmula mágica nos estudos, algo que sirva para todos indistintamente.
Ah, apenas um detalhe que não pode passar despercebido. Por mais que o número de sapato seja algo conhecido por quase todas as pessoas, há apenas uma forma de descobrir esse dado: testando (comparando o seu pé com a forma padrão convencionada).
Sendo assim, em relação aos estudos, você deve entender que cada estudante vai se comportar de um jeito em relação ao melhor horário de estudo, à quantidade de questões inseridas no ciclo e a forma ideal de organização do estudo da teoria, da resolução das questões e das revisões (tripé da aprovação).
Por isso, vale muito a pena que vocês “percam” um tempinho analisando e testando o comportamento de vocês em relação à rotina de estudo.
Se não tá conseguindo render pela manhã, tenta dormir um pouco mais e deixe para estudar mais nos períodos da tarde ou da noite.
Se você trabalha e não consegue estudar na sequência do trabalho, passe a dar pausas com cochilos entre o horário do trabalho e o tempo dedicado aos estudos.
Teste, teste, teste…
Estudar pra concursos exige autoconhecimento.
Eu sempre gostei de estudar mais pelo período da manhã, nunca fui um cara muito noturno. Quando eu estudava para os cargos de analista, entre 2009 e 2010, eu trabalhava no Exército (manhã) e fazia a minha graduação (noite), então não me sobrava muita escolha durante a semana. Eu precisava estudar no período da tarde e dar o meu melhor.
Por isso eu passei a usar os finais de semana como os dias para “fazer a diferença”. Era assim que eu fazia para me recuperar. Estudava sempre mais nos sábados domingos e feriados. Como eu trabalhava, precisava de um dia de folga, para não surtar. Mas como eu tinha pouco tempo, tentava não parar um dia inteiro.
Depois de muito tempo observando o meu comportamento nos estudos, decidir folgar dos estudos pra concurso na sexta-feira, que era o dia que eu menos produzia. E aos domingos eu tirava um tempinho (geralmente a partir das 15:00 horas) para descansar antes de iniciar a nova semana de trabalho.
Essa foi a forma de eu manter o mínimo de equilíbrio durante os estudos e não surtar. (risos)
Mas claro, como eu não queria passar muitos anos estudando, ficava sempre no limite do surto. Quando eu sentia que o corpo não ia aguentar, parava um pouco. Mas eu forçava o máximo que eu podia.
Foi assim que consegui passar em tantos concursos (mais de 10 aprovações) em tão pouco tempo (tem concursos que eu não demorei nem 5 meses até passar. A minha média era de uma aprovação a cada 3 ou 4 meses dentro dos meus períodos de estudo.
Enfim, se vocês querem mesmo atingir o alto desempenho nos estudos, comecem a observar a rotina de estudos de vocês e façam testes. Encontrem o jeitinho de vocês, fazendo sempre as adaptações necessária para tornar os estudos um pouco menos penoso (se tiver fácil, tá errado).
Como você estuda? Como é a sua rotina? Deixe aqui o seu comentário, de repente alguém pode se beneficiar da sua experiência.