Bom, a resposta curta é muito simples: estudar.
A resposta longa é igual, mas contextualizada. Você sabe no que está se metendo?
O brasileiro médio recebe, segundo dados atualizados do IPEA, uma média de R$ 2.548,00 por mês, ou seja, R$ 30.576,00 por ano. Um auditor fiscal em muitos casos inicia a carreira recebendo em torno de R$ 20.000,00 líquidos por mês (em alguns casos muito mais). A diferença entre receber R$ 2.548,00 e R$ 20.000,00 é o estudo.
Como você deve estar começando a desconfiar, não é pouco estudo que está envolvido. Vamos colocar em perspectiva alguns concursos recentes a seguir.
Em qual percentual você precisa estar para se tornar auditor?
Observe que, em média, nem mesmo estar nos 5% ou 1% é suficiente. Hoje em dia você precisa estar entre os 0,5% para garantir a sua vaga. E não é para menos: estamos falando de uma prova que pode tirar uma pessoa dos 50% mais pobres e coloca-la do dia para noite nos 3% mais ricos do Brasil.
Você consegue imaginar o que é resolver toda a sua vida marcando as bolinhas certas em uma folha de papel? Muita gente consegue, e é com essas pessoas que você vai concorrer. Algumas estão nessa caminhada porque querem, outras, porque PRECISAM.
Mas calma! Eu trago boas notícias também: essa tarefa é perfeitamente executável; diria até que é simples. Simples em oposição a complexo, mas certamente não é fácil.
A aprovação em um concurso desse nível obedece a uma causalidade estrita: estudo bem feito igual aprovação. Isso não é um argumento, é um fato que você pode observar por si, basta estar atento às evidências à sua volta.
Você reparou que eu falei em “estudo bem feito” e não diretamente em “esforço”? Isso é porque eu não estou aqui para cultivar falsas esperanças em você, e sim para alertá-lo: o esforço, por si só, não leva a nada; é necessário direcioná-lo. Não adianta estudar alemão para fazer uma prova de inglês.
Claro, o esforço ainda é um pressuposto natural da jornada do concurseiro. Ficar deitado na rede não envolve esforço e não vai te garantir uma vaga. Por outro lado, carregar pedras o dia inteiro envolve muito esforço – tanto que pode leva-lo à exaustão -, mas também não vai te fazer passar.
A característica comum àqueles 0,5% de aprovados que mudaram de vida não é somente o esforço, e sim a capacidade de desenvolver e aplicar uma inteligência específica que direcionou corretamente seus esforços. É aí que entram técnica e experiência.
Mas entenda: esse direcionamento é muito menos esotérico do que somos levados a crer por propagandas e depoimentos duvidosos. A maior parte da preparação adequada envolve conservar energia, a fim de gastá-la nas atividades corretas. Não é um esforço enorme e pontual. Esse uso inteligente do seu esforço é alcançado, em primeiro lugar, através de uma boa organização; em segundo, através de uma boa orientação (ou por experiência própria, que pode levar anos para ser acumulada).
Uma vez garantidas organização e orientação adequada, o maior desafio para o aspirante a concursado não serão as matérias, e sim manter a cabeça no lugar por tempo suficiente para passar.
O estudo, em si, é muito simples, a ponto de se tornar enfadonho. O avanço lento e gradual nos leva a questionar o tempo todo as escolhas que fizemos. Desconfiamos constantemente de que deve haver alguma fórmula mágica e complexa para atingir o objetivo. Não é o caso. Como eu disse, é simples, mas difícil. Estudar é uma maratona: ganha quem, aplicando seus esforços de maneira inteligente, se mantem na corrida por tempo suficiente para termina-la.
Se você tem interesse em receber orientações e ser acompanhado por alguém que já fez todo esse percurso, confira nosso programa de coaching. Você terá à disposição anos de experiência acumulados e evitará cometer os mesmos erros que todos cometem e que podem prolongar indefinidamente sua jornada como concurseiro.