Fala, galera? Tudo certo? Vim dividir com vocês como passei na cagada para o concurso da Controladoria Geral do estado do Maranhão, cargo de Auditor do Estado. Foi sufoco!
O ano era 2013 e eu estava no ritmo de estudo elevado, visando o cargo de Auditor Fiscal, seja em que estado fosse. Dessa forma, estava focado, seguindo sistematicamente o Método 4.2 de Revisão. A essa altura, eu já era um concurseiro de alta performance.
Quando soube do concurso da CGE-MA, não tive dúvida! Pensei: é agora! Fiz a inscrição super confiante, pois sabia que estava de fato preparado. Então, um dia antes da prova, viajei para São Luís do Maranhão na intenção de descansar para, no dia seguinte, fazer a prova com tranquilidade. Afinal, as provas seriam aplicadas nos dois turnos, pois eram muitas disciplinas.
Ao raiar do sol, acordei para me preparar para a batalha. Não podia correr o risco de me atrasar, tendo em vista que eu estava em outro estado e não tinha o domínio de transitar com facilidade por lá.
Lembro-me como se fosse hoje: era mês de março, clima abafado e muito calor. Eu sou nordestino, natural de Pernambuco, deveria estar acostumado com o clima, mas o calor do Maranhão não é de Deus!
Depois de me refrescar bastante bebendo litros de água, saí para fazer as provas do turno da manhã.
Estava muito tranquilo, pois havia estudado bastante.
Eu realmente estava preparado. Então, fiz a prova muito “de boa”, entreguei-a e partir para almoçar. Afinal, o exame do turno da tarde ainda me aguardava.
Decidi almoçar em um shopping próximo ao local de prova. Não sabia eu que estava prestes a tomar uma das decisões mais equivocadas da minha vida.
Depois de olhar todas as linhas de servir dos restaurantes da praça de alimentação do estabelecimento, olhei pra Fernanda (ela sempre está comigo em todos os momentos) e disse: “Já sei! Vou comer comida mexicana!”.
Sabendo dos perigos aos quais eu estava me expondo, minha digníssima falou, pacientemente: “mas Rafael, por que você não come algo mais leve, com menos queijo e menos pimenta?”. Ouvi o conselho dela, mas, como todo homem teimoso, resolvi seguir o meu instinto.
Eu me esbanjei! Caí com tudo para cima da comida que, por sinal, estava uma delícia! Saí satisfeitíssimo com a refeição e fui fazer a prova da tarde. Ao sentar na cadeira e abaixar a cabeça para ler a primeira questão, ouvi um barulho estrondoso saindo da minha barriga! Como se um trem tivesse se aproximando de uma estação. Foi assustador!
Comecei a suar frio, as minhas mãos ficaram geladas e a vontade de ir ao banheiro fazer o número dois não parava. Fui ao banheiro umas cinco vezes e em todas elas a frase da minha linda esposa perpassava em minha mente “Mas Rafael, por que você não come algo mais leve, com menos queijo e menos pimenta?”. Ah! Fernanda!
Para resumir esse percalço, eu, literalmente, passei na cagada nesse certame!
Foram quatro horas de pânico até entregar a prova ao fiscal da sala. Fui tantas vezes ao banheiro que o fiscal do corredor já me conhecia. Ele deixou até um detector de metais exclusivo para mim.
Mas, nobre companheiro, como sempre faço dos limões uma limonada, aproveitei cada ida ao banheiro para pensar sobre as questões da prova.
Transformei esse infortúnio em um momento de reflexão profunda.
Após toda essa saga, entreguei a prova depois de muito esforço. Saí chateado para ir pra casa, porém no fundo eu sabia que estava preparado para aquela prova. E o meu estado de alerta ininterrupto, causado pelo desconforto intestinal, acabou me ajudando, de certa forma. Já que o foco era total, quando eu conseguia ler os comandos das questões.
Quando o resultado saiu, eu não acreditei. Eu havia passado em 2º lugar! Realmente passei na cagada! Por isso eu sempre digo: quando a prova vem para gente e estamos preparados, não tem desarranjo que atrapalhe!
Depois de toda essa celeuma, eu decidi não assumir o cargo, por conta de Fernanda. Na época, ela estava em Pernambuco, na COMPESA, mas estava estudando para passar em outro concurso melhor, em Pernambuco mesmo. Então, como um bom esposo que sou, segui a mesma linha de pensamento dela: vou estudar para ser Auditor em Pernambuco, no nosso estado. E cá estou! O resto, como dizem, é história.
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Abraços,
Rafael Barbosa.
Lembre-se sempre, o seu foco determina a sua realidade.
Qui-Gon Jinn